quarta-feira, 13 de maio de 2020

Isolamento social tem trazido benefícios ao meio ambiente e aponta que podemos viver em um mundo mais sustentável



A crise que estamos vivendo por conta da pandemia de Covid-19 não é e nunca será algo bom para a humanidade. Porém, podemos aprender que o ser humano não vive isolado e que precisa de toda a cadeia de produção. Em meio ao caos vivenciado nas últimas semanas, não podemos deixar de registrar ao menos uma boa notícia: o isolamento social abriu espaço para a natureza reagir.
Por todo o mundo, mudanças significativas foram percebidas no meio ambiente. As águas dos canais de Veneza estão mais cristalinas. Animais silvestres têm surgido nas cidades pelo mundo afora. Tartarugas tem aparecido para procriar em praias urbanas (agora vazias) no litoral nordestino, onde já não eram vistas com tanta frequência.
A diminuição do número de veículos em circulação nas ruas tem tornado o ar mais limpo, devido à redução de gases poluentes e materiais particulados na atmosfera que contribuem para as mudanças climáticas, atenuando assim, os efeitos das doenças respiratórias. A redução da poluição tornou possível, na Índia, avistar o Himalaia – algo que não acontecia há décadas!
Por conta das restrições ao exercício de diversas atividades econômicas, estamos gastando menos energia. Segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o consumo de energia elétrica caiu 8% no período entre 18 e 31 de março.
Por outro lado, a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) prevê o aumento na geração de lixo nesse período. Estima-se que as medidas de isolamento social devem causar aumento de 15% a 25% na produção de resíduos sólidos (lixo orgânico e reciclável) nas residências. Por isso, é importante fazer a separação correta do material reciclável, higienizá-los e encaminhá-los para cooperativas de reciclagem.
Essas notícias nos mostram que é possível viver num mundo diferente. Algumas tendências vêm sendo apontadas para os próximos anos e entre elas estão a maior credibilidade da ciência, principalmente em sua capacidade de antecipar perigos, a valorização das coisas mais simples em detrimento da cultura consumista com que nos acostumamos, a expansão das atividades humanas que dispensam o deslocamento físico, o aumento da solidariedade entre as pessoas, a compreensão de que o mundo está conectado, a valorização das áreas naturais, entre outros fatores. Devemos nos preparar para viver esse processo de mudança profunda.
Enquanto isso, vamos comemorar nossas pequenas conquistas! Percebemos como determinadas coisas que deixamos de ter acesso após a pandemia nos fazem falta e aprendemos a dar mais valor a elas. Descobrimos que alguns hábitos de consumo são totalmente dispensáveis e conseguimos viver sem eles sem maiores transtornos. Aprendemos a usar a tecnologia em nosso favor, amenizando os transtornos causados pelo isolamento social.   Em muitos locais, estamos vendo melhor as estrelas e ouvindo com mais nitidez o som dos pássaros, por exemplo.
Este é um momento para repensar estilo de vida, necessidade de consumo, a importância do trabalho e senso de cidadania e comunidade. Observou alguma mudança por perto? Conte para a gente a sua experiência!

Marco André Carneiro Lima
Núcleo do Plano de Logística Sustentável

Um comentário:

  1. Muito bom esse texto do PLAS para nos lembrar do que é essencial!
    Diante de tantas dificuldades que a pandemia nos trouxe, podemos vislumbrar alguns efeitos positivos, como tudo na vida.
    Lá em casa, um casal de passarinhos está construindo um ninho na varanda, algo que nunca aconteceu, porque a varanda sempre foi muito movimentada.
    Deixemos a natureza se manifestar. E aproveitemos o momento para nos conectar com ela.

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Dicas dos Servidores

Após a implantação do PJE e a vigência da nova resolução que trata da prestação de contas dos partidos políticos, tenho observado a grande quantidade de equívocos nas petições iniciais, o que gera retrabalho e atraso na evolução do processo, já que o cartório deve certificar, passar a despacho e efetivar as retificações na autuação. Somente após isso é que as demais providências são tomadas, o que gera demora em alguns dias, para o desfecho.
Ultimamente cumpri vários atos de retificação de autuação, em situações que poderiam ser evitadas facilmente com disseminação de informações sobre a petição inicial da prestação de contas, notadamente a de declaração de ausência de movimentação.
A partir do momento em que a prestação de contas deixa de ser procedimento administrativo e passa a jurisdicional, formalidades mínimas quanto à petição inicial devem ser observadas, salvo melhor juízo, apesar de ser um processo atípico, sem a "triangulação" processual.
Entre os equívocos mais comuns estão:
- peticionamento perante o segundo grau de jurisdição;
- autuação em zona diversa da competente, em locais com mais de uma zona;
- classificação incorreta (PETIÇÃO CÍVEL - Regularização... X PRESTAÇÃO DE CONTAS);
- ausência dos nomes dos responsáveis - presidente e tesoureiro - e de sua qualificação;
- falta de qualquer justificativa para o fato de o partido não ter movimentação durante todo o ano ("causa de pedir"), em caso de declaração de ausência de movimentação de recursos.
Assim, elaborei um formulário modelo de petição, que poderá servir de orientação para aqueles que tenham dúvida, conforme link abaixo, com a redação a ser adaptada e melhorada.
Submeto à avaliação de conveniência quanto à divulgação no Blog:


Atenciosamente,
João Evódio Silva Cesário
Analista Judiciário | ZE-048