quarta-feira, 29 de abril de 2020

Dia Internacional da Dança - A Dança por Ludmila


“A dança acontece quando todas as palavras não bastam”
Cátia Barros


Teve um tempo em que achei que a minha vida era a dança. E sabem? Eu não estava errada. Tenho memórias desde a infância, mas só na adolescência sonhei em viver dessa arte. E cheguei a fazer Dança na Universidade Federal da Bahia, junto com Administração de Empresas na Católica. Foi quando uma greve longa da Federal, em 1996, me fez ter tempo e enxergar uma nova profissão: funcionária pública do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia. Fui fazer a inscrição de um grande amigo de infância no concurso do TRE. Uma fila gigante na Caixa Econômica Federal me fez conhecer muitas pessoas que também estavam se inscrevendo e ali, decidi fazer o concurso.  Naquele ano me tornei servidora do TRE e foi uma grande alegria. Sou muito grata ao Tribunal, mas essa decisão terminou me afastando da dança. Primeiro por falta de tempo, depois por escolha, por achar que não dava para ser uma profissional competente e uma artista. Faltou experiência e maturidade.
Hoje, dia da dança, fui convidada a escrever sobre essa arte na minha vida. E se assim foi, é sinal de que deixei que a dança voltasse, a ponto de saberem que eu me confundo com ela. Pois bem! Acredito que a dança é um dos canais direto com o Divino. Deixar-se atravessar pelo Self, abrir o corpo a possibilidades, respeitando-se. Na dança o tempo se transforma em uma passagem e nela encontramos várias portas...e lugares...e entradas...e saídas...e mundos...e não termina, pois o tempo desaparece.
O tempo desaparecer é um dos sinais de que a dança é terapêutica para mim. Dançando eu vivo de forma presente, numa inteireza que me faz florescer! E florescemos quando acreditamos em nós mesmos, quando respeitamos nossos sonhos. Somos um leque infinito de possibilidades e merecemos nos descobrir. A dança trouxe esse movimento pra minha vida. E trouxe alegrias, afetos, laços. Quantos amigos tenho nessa área! Quantas histórias e lembranças afagam o meu coração!
Hoje a coluna já não é mais a mesma, os desafios e adaptações são um exercício pra minha vida também. Nosso corpo tem uma inteligência única e cada fase nos mostra um pouco sobre sua magia, sua potência. E dançando eu descubro que eu sou, muitas vezes, além do que penso ser.  Dançando tenho oportunidade de ressignificar caminhos e criar uma nova trilha corporal que me leva a ter mais consciência de mim. Essa é a minha dança!
Qual a sua dança? Todo movimento que fazemos no dia a dia é uma criação, é uma dança. Encontrar essa trilha corporal e permitir-se novas escutas e experiências nos faz ser mais completos, pois passamos a nos enxergar de forma mais integral. Temos inúmeros sonhos adiados dentro das nossas gavetas. Cabe a cada um de nós abri-las e resgatar inspirações que irão materializar coisas lindas no mundo que nos aguarda.  Então dance, colega! Dance sem vergonha de ser feliz! E conte a história que sua alma e seu coração buscam.  Um abraço!

Ludmila Rocha Santana Brito

3 comentários:

  1. Ludmila Linda, agora entendo porque sinto uma leveza e energia mágica quando vejo você. Parabéns a todos os adeptos e simpatizantes da dança.

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  2. Que maravilha, colega! Amo dançar e me identifiquei muito com seu texto! Não vejo a hora de entrar numa acadêmia de dança.Tem alguma para indicar?Grande abraço, Ludmila!

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  3. Lud, que texto inspirador! Você traz inúmeras lembranças e reflexões que nos levam de volta àquele "eu" meio perdido, meio esquecido dentro de nós. Todos temos sonhos adormecidos e que algumas vezes revisitamos, como faço agora. Estou revisitando meus sonhos depois do seu texto. Obrigada por compartilhar! Você brilha! Beijos.

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Dicas dos Servidores

Após a implantação do PJE e a vigência da nova resolução que trata da prestação de contas dos partidos políticos, tenho observado a grande quantidade de equívocos nas petições iniciais, o que gera retrabalho e atraso na evolução do processo, já que o cartório deve certificar, passar a despacho e efetivar as retificações na autuação. Somente após isso é que as demais providências são tomadas, o que gera demora em alguns dias, para o desfecho.
Ultimamente cumpri vários atos de retificação de autuação, em situações que poderiam ser evitadas facilmente com disseminação de informações sobre a petição inicial da prestação de contas, notadamente a de declaração de ausência de movimentação.
A partir do momento em que a prestação de contas deixa de ser procedimento administrativo e passa a jurisdicional, formalidades mínimas quanto à petição inicial devem ser observadas, salvo melhor juízo, apesar de ser um processo atípico, sem a "triangulação" processual.
Entre os equívocos mais comuns estão:
- peticionamento perante o segundo grau de jurisdição;
- autuação em zona diversa da competente, em locais com mais de uma zona;
- classificação incorreta (PETIÇÃO CÍVEL - Regularização... X PRESTAÇÃO DE CONTAS);
- ausência dos nomes dos responsáveis - presidente e tesoureiro - e de sua qualificação;
- falta de qualquer justificativa para o fato de o partido não ter movimentação durante todo o ano ("causa de pedir"), em caso de declaração de ausência de movimentação de recursos.
Assim, elaborei um formulário modelo de petição, que poderá servir de orientação para aqueles que tenham dúvida, conforme link abaixo, com a redação a ser adaptada e melhorada.
Submeto à avaliação de conveniência quanto à divulgação no Blog:


Atenciosamente,
João Evódio Silva Cesário
Analista Judiciário | ZE-048