“A dança acontece
quando todas as palavras não bastam”
Cátia Barros
Teve um tempo em que achei que a
minha vida era a dança. E sabem? Eu não estava errada. Tenho memórias desde a
infância, mas só na adolescência sonhei em viver dessa arte. E cheguei a fazer Dança
na Universidade Federal da Bahia, junto com Administração de Empresas na
Católica. Foi quando uma greve longa da Federal, em 1996, me fez ter tempo e
enxergar uma nova profissão: funcionária pública do Tribunal Regional Eleitoral
da Bahia. Fui fazer a inscrição de um grande amigo de infância no concurso do
TRE. Uma fila gigante na Caixa Econômica Federal me fez conhecer muitas pessoas
que também estavam se inscrevendo e ali, decidi fazer o concurso. Naquele ano me tornei servidora do TRE e foi
uma grande alegria. Sou muito grata ao Tribunal, mas essa decisão terminou me
afastando da dança. Primeiro por falta de tempo, depois por escolha, por achar
que não dava para ser uma profissional competente e uma artista. Faltou
experiência e maturidade.
Hoje, dia da dança, fui convidada
a escrever sobre essa arte na minha vida. E se assim foi, é sinal de que deixei
que a dança voltasse, a ponto de saberem que eu me confundo com ela. Pois bem! Acredito
que a dança é um dos canais direto com o Divino. Deixar-se atravessar pelo
Self, abrir o corpo a possibilidades, respeitando-se. Na dança o tempo se
transforma em uma passagem e nela encontramos várias portas...e lugares...e
entradas...e saídas...e mundos...e não termina, pois o tempo desaparece.
O tempo desaparecer é um dos sinais de que a dança é terapêutica para mim. Dançando eu vivo de forma presente, numa inteireza que me faz florescer! E florescemos quando acreditamos em nós mesmos, quando respeitamos nossos sonhos. Somos um leque infinito de possibilidades e merecemos nos descobrir. A dança trouxe esse movimento pra minha vida. E trouxe alegrias, afetos, laços. Quantos amigos tenho nessa área! Quantas histórias e lembranças afagam o meu coração!
O tempo desaparecer é um dos sinais de que a dança é terapêutica para mim. Dançando eu vivo de forma presente, numa inteireza que me faz florescer! E florescemos quando acreditamos em nós mesmos, quando respeitamos nossos sonhos. Somos um leque infinito de possibilidades e merecemos nos descobrir. A dança trouxe esse movimento pra minha vida. E trouxe alegrias, afetos, laços. Quantos amigos tenho nessa área! Quantas histórias e lembranças afagam o meu coração!
Hoje a coluna já não é mais a
mesma, os desafios e adaptações são um exercício pra minha vida também. Nosso
corpo tem uma inteligência única e cada fase nos mostra um pouco sobre sua
magia, sua potência. E dançando eu descubro que eu sou, muitas vezes, além do
que penso ser. Dançando tenho
oportunidade de ressignificar caminhos e criar uma nova trilha corporal que me
leva a ter mais consciência de mim. Essa é a minha dança!
Qual a sua dança? Todo movimento
que fazemos no dia a dia é uma criação, é uma dança. Encontrar essa trilha
corporal e permitir-se novas escutas e experiências nos faz ser mais completos,
pois passamos a nos enxergar de forma mais integral. Temos inúmeros sonhos
adiados dentro das nossas gavetas. Cabe a cada um de nós abri-las e resgatar
inspirações que irão materializar coisas lindas no mundo que nos aguarda. Então dance, colega! Dance sem vergonha de ser
feliz! E conte a história que sua alma e seu coração buscam. Um abraço!
Ludmila Rocha Santana Brito
Ludmila Linda, agora entendo porque sinto uma leveza e energia mágica quando vejo você. Parabéns a todos os adeptos e simpatizantes da dança.
ResponderExcluirQue maravilha, colega! Amo dançar e me identifiquei muito com seu texto! Não vejo a hora de entrar numa acadêmia de dança.Tem alguma para indicar?Grande abraço, Ludmila!
ResponderExcluirLud, que texto inspirador! Você traz inúmeras lembranças e reflexões que nos levam de volta àquele "eu" meio perdido, meio esquecido dentro de nós. Todos temos sonhos adormecidos e que algumas vezes revisitamos, como faço agora. Estou revisitando meus sonhos depois do seu texto. Obrigada por compartilhar! Você brilha! Beijos.
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