terça-feira, 14 de abril de 2020

Sobre vírus, civilização e você


Essa pandemia tem trazido, além de todas as mudanças de comportamento, debates férteis sobre a nossa vida em sociedade. Lacan, psicanalista francês, dizia que existe o momento de ver, de compreender e de concluir. Talvez estejamos agora – passado o momento de ver com perplexidade – tentando compreender como que esse real do vírus impacta nossa vida imediata e nossa condição de seres vivos.

Sobre esse tema, existe uma história que é contada sobre Margaret Mead (1901 – 1978), antropóloga americana, que, independente da veracidade, vale a reflexão que provoca.

“Há muitos anos, um aluno perguntou à antropóloga Margaret Mead o que ela considerava ser o primeiro sinal de civilização numa cultura.
O aluno esperava que Mead falasse a respeito de anzóis, panelas de barro ou pedras de amolar.

Mas não. Mead disse que o primeiro sinal de civilização numa cultura antiga era um fêmur (osso da coxa) quebrado e cicatrizado. Mead explicou que no reino animal, se você quebrar a perna, morre. Nenhum animal sobrevive a uma perna quebrada por tempo suficiente para o osso sarar.

Um fêmur quebrado que cicatrizou é evidência de que alguém teve tempo para ficar com aquele que caiu, tratou da ferida, levou a pessoa à segurança e cuidou dela até que se recuperasse.

“Ajudar alguém durante a dificuldade é onde a civilização começa” disse Mead.”

Eis uma das maiores diferenças nossa em relação a outros seres: a capacidade de ser empático, de perceber a necessidade do outro, de cuidar. A civilização começa com a vida coletiva; ninguém sobreviveria no mundo selvagem sozinho.

Uma boa reflexão para esses tempos. É simples, mas parece que às vezes nos esquecemos: somos seres coletivos, estamos interligados. As fronteiras, todas elas, são imaginárias.

Então, sejamos civilizados! Mesmo não fazendo parte do grupo de maior risco, vamos ficar em casa. Todos unidos neste afastamento necessário. Por você, por nós.

Essa é a melhor compreensão do momento.

Giovana Reis Mesquita
Psicóloga do TRE-BA



2 comentários:

Dicas dos Servidores

Após a implantação do PJE e a vigência da nova resolução que trata da prestação de contas dos partidos políticos, tenho observado a grande quantidade de equívocos nas petições iniciais, o que gera retrabalho e atraso na evolução do processo, já que o cartório deve certificar, passar a despacho e efetivar as retificações na autuação. Somente após isso é que as demais providências são tomadas, o que gera demora em alguns dias, para o desfecho.
Ultimamente cumpri vários atos de retificação de autuação, em situações que poderiam ser evitadas facilmente com disseminação de informações sobre a petição inicial da prestação de contas, notadamente a de declaração de ausência de movimentação.
A partir do momento em que a prestação de contas deixa de ser procedimento administrativo e passa a jurisdicional, formalidades mínimas quanto à petição inicial devem ser observadas, salvo melhor juízo, apesar de ser um processo atípico, sem a "triangulação" processual.
Entre os equívocos mais comuns estão:
- peticionamento perante o segundo grau de jurisdição;
- autuação em zona diversa da competente, em locais com mais de uma zona;
- classificação incorreta (PETIÇÃO CÍVEL - Regularização... X PRESTAÇÃO DE CONTAS);
- ausência dos nomes dos responsáveis - presidente e tesoureiro - e de sua qualificação;
- falta de qualquer justificativa para o fato de o partido não ter movimentação durante todo o ano ("causa de pedir"), em caso de declaração de ausência de movimentação de recursos.
Assim, elaborei um formulário modelo de petição, que poderá servir de orientação para aqueles que tenham dúvida, conforme link abaixo, com a redação a ser adaptada e melhorada.
Submeto à avaliação de conveniência quanto à divulgação no Blog:


Atenciosamente,
João Evódio Silva Cesário
Analista Judiciário | ZE-048