terça-feira, 29 de setembro de 2020

TRE-BA promove live com a psicóloga Adriana Atahyde para discutir prevenção de suicídio - Hoje, 19h

 

Cerca de 12 mil suicídios são registrados todos os anos no Brasil, número que chega a mais de 1 milhão de casos no mundo. O tema ainda é tabu e está subnotificado. Para falar sobre os desafios no contexto da prevenção, o Tribunal Regional Eleitoral da Bahia promove live com a psicóloga Adriana Atahyde, nesta terça-feira (29/9), às 19h, no perfil do Regional no Instagram.

 

Idealizado pela Secretaria de Gestão de Pessoas, o diálogo acontecerá no contexto da campanha Setembro Amarelo, realizada desde 2014 pela Associação Brasileira de Psiquiatria e pelo Conselho Federal de Medicina. Embora tenha ênfase neste mês, a campanha dura o ano todo. Athayde, que é especialista em psicologia hospitalar e professora da Faculdade Social da Bahia, vai refletir sobre os dados no país e abordar os mitos associados ao suicídio.

 

Um desses mitos, afirma a psicóloga, e o de que as pessoas que se matam nunca falam sobre o assunto. “Em 80% dos casos de suicídio, as pessoas avisaram de alguma forma que fariam”. Ao analisar o cenário no Brasil, Atahyde aponta para um crescimento de casos entre jovens e idosos. Os jovens, ela acredita, muito por conta da constituição de identidade nas redes sociais, “entre likes e cancelamentos”. Já os idosos, entre outras coisas, por não saberem lidar com o isolamento social.

 

Sobre este isolamento, que se transformou em uma consequência da pandemia de coronavírus, a psicóloga afirma que ainda não há dados concretos ligando o cenário atual aos casos de suicídio. Essas estatísticas geralmente se refletem após dois anos, o que significa que avaliamos hoje dados de 2017. “Mas, sem dúvida, sentiremos o efeito de tudo o que está acontecendo durante muito tempo. Me preocupa muito as crianças, que estão vendo as pessoas como ameaça e absorvendo as angústias dos adultos, tendo que lidar com a morte de forma tão inesperada e intensa”.

 

Adriana Atahyde defende que falar honestamente sobre suicídio, inclusive nas escolas, com as crianças, é o que possibilita que o assunto seja dismistificado e visto com seriedade. “A educação possibilita uma melhor percepção do tema. E as crianças precisam também aprender a lidar com o vazio, a impotência, a solidão”. De acordo com a psicóloga, o suicídio tem repercussão na família por três gerações. “E como é um tema tabu, com falas interditadas, ele fica ali contido, inclusive inconscientemente”.

 

Na avaliação da secretária de Gestão de Pessoas do TRE-BA, Mirella Cunha, o diálogo é mais do que necessário. “O TRE-BA sempre tratou esse tema com cuidado e, no atual cenário de pandemia, devemos ter ainda mais atenção com a saúde mental de todos. Por isso, resolvemos promover uma live para ser acessada pelos servidores e também pelo público externo”.

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Dicas dos Servidores

Após a implantação do PJE e a vigência da nova resolução que trata da prestação de contas dos partidos políticos, tenho observado a grande quantidade de equívocos nas petições iniciais, o que gera retrabalho e atraso na evolução do processo, já que o cartório deve certificar, passar a despacho e efetivar as retificações na autuação. Somente após isso é que as demais providências são tomadas, o que gera demora em alguns dias, para o desfecho.
Ultimamente cumpri vários atos de retificação de autuação, em situações que poderiam ser evitadas facilmente com disseminação de informações sobre a petição inicial da prestação de contas, notadamente a de declaração de ausência de movimentação.
A partir do momento em que a prestação de contas deixa de ser procedimento administrativo e passa a jurisdicional, formalidades mínimas quanto à petição inicial devem ser observadas, salvo melhor juízo, apesar de ser um processo atípico, sem a "triangulação" processual.
Entre os equívocos mais comuns estão:
- peticionamento perante o segundo grau de jurisdição;
- autuação em zona diversa da competente, em locais com mais de uma zona;
- classificação incorreta (PETIÇÃO CÍVEL - Regularização... X PRESTAÇÃO DE CONTAS);
- ausência dos nomes dos responsáveis - presidente e tesoureiro - e de sua qualificação;
- falta de qualquer justificativa para o fato de o partido não ter movimentação durante todo o ano ("causa de pedir"), em caso de declaração de ausência de movimentação de recursos.
Assim, elaborei um formulário modelo de petição, que poderá servir de orientação para aqueles que tenham dúvida, conforme link abaixo, com a redação a ser adaptada e melhorada.
Submeto à avaliação de conveniência quanto à divulgação no Blog:


Atenciosamente,
João Evódio Silva Cesário
Analista Judiciário | ZE-048