Dia da Consciência Negra é marcado como momento à reflexão sobre expressões racistas
A ação traz frases e palavras comuns ao vocabulário nacional, embora muita gente desconheça os seus significados históricos ou minimize o sentido delas
Para fortalecer a conscietizaão no enfrentamento ao racismo e lembrar o Dia da Consciência Negra (20/11), o Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), publicou, nesta sexta (19/11), uma campanha nas redes sociais para que o público repense expressões racistas usadas cotidianamente. São frases e palavras que estão no vocabulário nacional há muito tempo.
Confira a publicação no Instagram
Quem nunca disse “denegrir”, no sentido de desonrar ou caluniar, sem analisar o significado da palavra: “tornava-se negro”? Quem nunca se referiu a uma situação ruim comentando “a coisa está preta” ou destacou algo proibido em uma “lista negra”? Quantas vezes pessoas negras são chamadas de “morenas”, como se essa fosse uma condição aceita e a outra não?
Ressignificar expressões racistas e abandoná-las parece pouco, mas é nessa releitura que o debate avança. Em uma cultura racista, esses termos são aprendidos ainda na infância, sendo algo passado de geração em geração.
Nesse sentido, associações e demais órgãos de apoio à luta antirracista, trabalham para excluir essas palavras e promover a cultura de respeito, de modo a adotar uma atitude política e coletiva, o que inclui responsabilização.
Avanço
Na última quinta (18/11), a luta antirracista comemorou uma conquista: o Senado Federal equiparou a injúria racial ao crime de racismo. Aprovado pelo plenário, o projeto de lei 4.373/2020 aumenta a pena e torna a ofensa por raça, cor, etnia ou procedência nacional um crime imprescritível e inafiançável. A proposta agora segue para a Câmara dos Deputados.
Judiciário da diversidade
Para quem deseja se aprofundar no tema, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) lançou o curso “Comunicação Social, Judiciário e Diversidade Étnico-Racial”. O objetivo é capacitar agentes que atuem pela diversidade, de modo a eliminar, das publicações produzidas pelo poder público, o uso de expressões e imagens que traduzam a falsa ideia de superioridade baseada em diferenças raciais. O curso autoinstrucional tem 20 horas/aula. As inscrições são gratuitas.
São quatro unidades de estudo: O percurso histórico da questão racial no Brasil; Conceitos fundamentais sobre a questão racial; A questão racial na Lei e na jurisprudência; e A comunicação e a linguagem racial. Para quem concluir as atividades das quatro unidades, será concedido certificado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário